Há quem tenha o hábito de fazer parte de grupos. Assim, sem mais nem menos. O grupo da escola primária, o grupo do ciclo preparatório, o grupo do liceu, o grupo do propedêutico, o grupo da faculdade, o grupo do primeiro emprego, o grupo dos empregos a seguir, o grupo dos candidatos a chefes, o grupo dos chefes, o grupo dos ex-chefes caídos em desgraça, o grupo dos sindicalistas, o grupo dos desempregados, o grupo dos novos empregados em cargos muito abaixo do que merecem porque já foram chefes de uma-merda-muito-melhor-que-esta, o grupo dos fanáticos do FCP, o grupo do jogging na marginal Matosinhos-Foz, o grupo dos divorciados, o grupo dos pais frustrados, o grupo dos pais que não sabem como reagir à primeira menstruação da filha, o grupo dos pais que não entendem como é que a chavalada cresceu tão depressa, o grupo dos motards de fim-de-semana, o grupo dos ex-motards que passaram a reunir-se para beber cerveja todas as sextas à noite, o grupo dos que gostam de qualquer tipo de convívio, o grupo dos que agora vêm chorar para os blogues, o grupo dos que antes o faziam no sofá dos psicanalistas, etc. Eu, pelo contrário, não vou em grupos. Daí ter ficado algo surpreendido por me terem integrado num. À força. Decidi chamar-lhe o meu grupo do Spam. Malta de todo o mundo que me escreve para uma conta de correio que abri há tempos no gmail e de que me havia esquecido. Há lá de tudo. A Bianca, a Rena Jefferson, o Tim Lucero, o Horace Wiggins, o Jamal Arroyo, o Les Potter, ou a Alfreda Green, que adorariam que eu lhes comprasse um Rolex. Enquanto a Gloria Wilcox considera que um Jaeger Lecoultre ou um Tag Heuer iriam melhor com o meu estilo. O Stu Capone, que não se conforma com o avanço da minha indomável calvície e insiste em querer vender-me soluções de wash hair. A Estelle Kinney, que não duvida das potencialidades do meu inglês técnico para tirar um curso superior e quer impingir-me um diploma por duas semanas de estudo. A Colle Christie e a Kalyani Lingad, que não param de me convidar para um encontro de ex-schoolmates de um liceu que não me lembro de ter frequentado. A Doris Burgos, a Rebecca Schwartz e o Francis Freeman, que me oferecem uma overdose de anfetaminas, Cialis, Viagra, Levitra, Prospecta, Valium, Xanax, Ambien, Ziban, Atarax, Ativan, Carisoma, Ultram, Glucophage, Lipitor, Meridia, Zocor e Nurvax. Ou, finalmente, a Elsa Pugh, a Janet, o Mario D. Young, a Roxana Derek, a Diana Greenland, o Miko Bimbaum, a Katrina Huddleston, a Malisa Paans, a Deena Tawnya, ou o Rusel Felton, que estão preocupados com o tamanho do meu pénis, que gostariam de ver mais enlarge. Como afiança o certamente especialista Miko, a bigger cock will allways be better. Não que eu tenha, dele, alguma vez feito exibição, pública ou privada, para o meu grupo do Spam. Onde estes meus compinchas pudessem confirmar a eventual necessidade de, como insistem em me aconselhar, add up to 4 inches to your pennis. De todo o modo, respeito as opiniões de cada um. Será esse o meu espírito de grupo.
domingo, outubro 21, 2007
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