sábado, julho 07, 2007

4th of July com os Arcade Fire

O meu 4th of July começou às 0 horas. No Parque Tejo. Com os acordes de "Black Mirror". Perante um público que estava conquistado à partida, os Arcade Fire não demoraram cinco minutos a agarrar os vinte mil que os foram ouvir. Entre o clique da luz e o ínicio de um sonho, "No Cars Go" foi o primeiro dos hinos que tornaram o concerto uma celebração. Em que o público se entregou de corpo e alma, cantando, saltando, batendo palmas, prolongando as músicas para lá da actuação de Win e Régine.

A música dos Arcade Fire, já o sabia, é excepcional. Mas ao vivo, a energia e a alegria do grupo são contagiantes.E os arranjos com coros empolgantes, em clássicos como "Intervention", "Rebellion" e a beleza de "Old Flame" e"Une année sans Lumiére". Os medos e as lágrimas do mundo em "Headlights look like diamonds", uuuuuuu. Uma música que purifica a alma e espalha as cinzas das cores pelos nossos corações, canntam eles em "Neighborhood#1".

Já quarentão estou habituado a ver concertos no conforto duma cadeira. Na Casa da Música ou num Estádio. Mas desta vez fiz de conta que era teen ager e fui bem lá para a frente. Onde o público se entregou de corpo e alma, cantando, saltando, batendo palmas, prolongando as músicas para lá da actuação de Win e Régine. Bem perto de músicos sensacionais que trocavam de instrumentos, saltando dos teclados e da bateria para guitarras e banjos.



"Wake Up" foi o extase final de um concerto de pequenos deuses capazes de despertar tempestades de emoções. E no final, depois de cantar a plenos pulmões, dei razão áqueles que me diziam que o concerto de Paredes de Coura foi inesquecível. É que o do Parque Tejo foi o concerto do século. Um 4th of July imemorável, com o fogo do artíficio e do génio duns Arcade épicos e brilhantes, poderosos e apaixonados, que viveram em Montreal entre gregos e portugueses a nossa pathos do 4th of July de 2004.

Quem perdeu este concerto memorável pode espreitar aqui, onde se encontra quase todo o alinhamento do concerto dos Arcade em Glastonbury.

3 comentários:

Ana Paula Afonso disse...

e eu tão longe de poder vê-los ao vivo em Lisboa...

theTHING disse...

tb fui ao concerto e vim de lá rendido... embora conhecesse a banda, não era das minhas favoritas, e apenas fiz a viagem pra ver Bloc Party (uma decepção) e the Magic Numbers (uma agradável surpresa, mas mais ideal para um coliseu)... Sem duvida o segundo concerto da minha vida, fazendo valer a pena chegar ao Porto às 5 da manhã e acordar à 7 para ir trabalhar...

Anónimo disse...

Ao the thing um conselho:

Para a próxima vá de comboio. A viagem é feita a dormir, e chega a Campanhã às 8.45. Se alugar um quarto num dos hotéis junto à gare do Oriente vem com banhinho tomado e ainda dorme mais umas horitas.