
É mesmo um convite. Em sentido figurado, claro. Tentador. Surpreendente. Inovador. Para diabinhos, que gostem de prazeres. Para aceitar, de olhos fechados. Digo eu.


Assim, depois de um dia de condução ilegal, eu e o Paulo dirigimo-nos ao posto da polícia do Deira City Center, um dos inúmeros shoppings do Dubai. Preenchido um impresso, fotocopiados pasaporte e carta de condução, e feito um exame de visão num oculista do shopping ( caricato um Professor de Oftalmologia e o coordenador da Cirurgia Implanto-Refractiva de Portugal serem examinados por uma rapariguinha do shopping qualquer) e tirado uma foto digital, a carta logo ali foi impressa.
Em menos de uma hora. E com equivalências mais fáceis que na UnI. Nem o simplex. À atenção do nosso PM.
Um destes dias, durante o almoço, houve um tom de voz vindo da TV que me fez parar de fazer alteres com a colher da sopa. Instintivamente olhei para o televisor. Estava sintonizado na SIC, no programa da Fátima Lopes. O dono do tal tom de voz encontrava-se lá dentro, rodeado por vários comentadores do social, numa rubrica que soube depois chamar-se «Tertúlia Cor-de-Rosa». Tudo gente que é paga para comentar a vida dos outros, a quem chamam «Jet-Set», as pessoas que conheço das capas das revistas que costumam decorar o balcão do sítio onde tomo café todos os dias. A maior parte delas confessam ocupações pouco aristocratas, que variam entre cabeleireiros, decoradores, relações públicas, futebolistas, arquitectos de interiores, empresários de negócios vários e, até, estes mesmos cronistas do social. Tudo profissões que parece só existirem em Lisboa, na sede das revistas cujas capas ocupam e que, aparentemente, lhes darão muito dinheiro a ganhar. Estes comentadores do social nacional têm em comum falarem um português algo gago e pleno de pontapés-na-gramática, mas com o qual se esforçam por se exprimirem de uma forma, ao mesmo tempo, afectada e sapiente. Sapientemente afectada. Ou afectadamente sapiente. Em ambos os casos, sem que se perceba muito bem porquê.
Foi o rosto da Revolução. Vindo de Santarém, a sua coluna parou num vermelho semáforo do Campo Grande. Às seis da manhã ocupou o Terreiro do paço. Acabou com o regime quando colocou a cabeça na boca de um canhão e nenhum militar ousou cumprir a ordem de um brigadeiro fiel ao regime para o abater. Depois subiu a Rua do Carmo, onde caiu Marcelo. Ao final do dia, quando alguns emproados militares com ar sul americano apareceram ao Pais como Junta de Salvação Nacional retirou-se para Santarém.
É certo que já aproveitei uma escala de quatro horas no Charles de Gaulle para fazer uma “degustation d´huitres” no Garnier. E que eu sei que o nosso melhor Cavaco não é o de Belém mas o do mar dos Açores, em coabitação com a craca. E é sabido que estou em pulgas por voltar ao “Es Moli del Sal”, em Formentera, para me deleitar com o “arroz negro de bogavante”. Ou seja, o marisco é para mim uma perdição. Literalmente. Nem Danacol nem Inegi, 260mg/dl repartidos pelos crustáceos e o Queijo da Serra .
Claro que o Adrià não se limita a fervê-los em água.That was done on a full-bodied, Australian electric-acoustic, f-hole guitar. It kind of looked like an Australian copy of the Gibson model that Chuck Berry used... It had all been revarnished and painted out, but it sounded great. It made a great record... And on the very last note of Gimmie Shelter, the whole neck fell off. You can hear it on the original take.Keith Richards, 2002
That's a kind of end-of-the-world song, really. It's apocalypse; the whole record's like that.Mick Jagger, 1995
And I know it was during that time of the Vietnam War and so on, so it was very much the awareness that war is always present, or almost... very present in life.Mick Jagger, 2003
