Excelente pretexto para visitar o, há muito inacessível aos portuenses, Palácio do Freixo é a exposição "Dali no Porto". Anunciada como "organizada pela Fondazione Metropolitan de Milão, apresenta algumas das mais emblemáticas obras de Salvador Dali", na realidade mostra sobretudo gravuras e litografias para livros ( "Bíblia Sagrada", "Fausto","Gargantuae Pantagruel") e algumas esculturas de Dali, como este "Homem sobre Golfinho" e a "Mulher Nua Subindo Escada". Interessante porque o génio de Dali está lá. Um bocadinho, só.
quinta-feira, agosto 23, 2007
terça-feira, agosto 21, 2007
Cacela
Considero Agosto o mês ideal para trabalhar no Porto. Sem trânsito, menos confusão em tudo. Sem stress, chegando a casa ainda com a luz do dia. Por outro lado considero o Algarve de fugir em Agosto. Por lembrar o Porto em Janeiro embora com Sol. Mas este ano acabei por vir passar uma semana em Tavira. Que me traz recordações da minha guerra. E Tavira foi uma surpresa. Quem diria que o Macário é o Presidente cá da terra. Está bela e arranjadinha, a cidade. E pode-se jantar numa eplanada sem esperas, comendo um peixinho grelhado decente.
E a Praia de Cacela recomenda-se. Estacionado o carro junto ao restaurante Costa, pés na água para embarcar no bote que nos leva até à praia.
Areal extenso, com poucos banhistas e um mar calmíssimo com água transparente, ideal para crianças. E à hora de almoço zarpa-se até ao Costa que serve um saboroso arroz de lingueirão, uma boa cataplana de ameijoas e umas honestas sardinhas assadas. Apenas se lamentando a fervura que dão às Ostras. Não devem ouvir o Bento dos Santos que diz que um bom prato de peixe é o que nos trás o mar boca dentro. E estas ostras fervidas, ainda assim não de todo desinteressantes, deixaram muito mar na panela. Numa segunda visita comprovamos por que é que as ostras de Olhão são servidas nos cafés de Paris.
Areal extenso, com poucos banhistas e um mar calmíssimo com água transparente, ideal para crianças. E à hora de almoço zarpa-se até ao Costa que serve um saboroso arroz de lingueirão, uma boa cataplana de ameijoas e umas honestas sardinhas assadas. Apenas se lamentando a fervura que dão às Ostras. Não devem ouvir o Bento dos Santos que diz que um bom prato de peixe é o que nos trás o mar boca dentro. E estas ostras fervidas, ainda assim não de todo desinteressantes, deixaram muito mar na panela. Numa segunda visita comprovamos por que é que as ostras de Olhão são servidas nos cafés de Paris.
Interpol
Há dias atrás o mestre iluminou-me. Falou-me dos Interpol, misto de Joy Division e Genesis, dizia ele. Estranhei eu. Mas tinha razão. A voz de Pul Banks lembra Ian Curtis e o tom soturno e os baixos lembram os Joy Division. e as melodias dos Genesis. Podia acrescentar que a guitarra de Daniel Kessler lembra The Edge e a energia do grupo lembra os Cure.
Lançaram um excelente primeiro álbum (" With Turn On The Bright Lights") e um menos conseguido mas interessante "Antics". Voltam agora com "Our Love To Admire". Teclados góticos em "Pioneer To The Falls", love songs , e um pulsátil "The Heinrich Maneuver". Podem ser encontrados na FNAC e no iTunes e a 7 de Novembro estarão no Coliseu de Lisboa. Recomendam-se.
segunda-feira, agosto 20, 2007
Engenheiro Técnico
A Liga Bwin está mais pobre. Perdeu o Engenheiro Técnico. O único. O verdadeiro. O País debateu há meses atrás se o PM era engenheiro ou engenheiro técnico. Esquecendo que na Luz havia um engenheiro que era técnico. Do Benfica. Já não é. Na realidade, como ele tanto repetia.
Já sinto saudades. Do seu tom esclarecido. Daqueles esgares, do tique com o pescoço. O ar obstipado com que desapertava o nó da gravata. Talvez fosse de enjoado, qualquer coisa que lhe caísse mal, porque o seu adjunto, Rosário, parecia ainda mais enjoado.
Que saudades. Ainda por cima uma injustiça o que lhe fizeram. Deixaram o homem sem defesas centrais (foi ele que pediu o Stretenovic?), deixaram-lhe um plantel com quatro médios, e um deles tem de jogar a central. Fizeram-lhe a Cama. Acho eu. Coisas de quem anda mais preocupado com apitos. Dourado. Encarnado. E rosa.
sábado, agosto 18, 2007
Nadir Afonso
Até 26 de Agosto, na Galeria do Jornal de Notícias, no Porto, podem visitar a exposição "Nadir Afonso - Futuro".
Viagem pela morfometria de Nadir, do Cairo a Philadelphia. 27 obras , entre acrilicos e guaches, de um jovem pintor de 86 anos com centenas de obras ainda por acabar.
Viagem pela morfometria de Nadir, do Cairo a Philadelphia. 27 obras , entre acrilicos e guaches, de um jovem pintor de 86 anos com centenas de obras ainda por acabar.
"O homem volta-se para a geometria como as plantas se voltam para o sol é a mesma necessidade de clareza. Todas as culturas foram iluminadas pela geometria cujas formas despertam no espírito um sentimento de exactidão e de evidência absolutaOhomem volta-se para a geometria como as plantas se voltam para o sol é a mesma necessidade de clareza. Todas as culturas foram iluminadas pela geometria cujas formas despertam no espírito um sentimento de exactidão e de evidência absoluta" - Nadir Afonso
sexta-feira, agosto 17, 2007
quinta-feira, agosto 16, 2007
You are always on my mind
Passaram 30 anos mas a febre continua. O rock and roll e as baladas de Elvis sempre presentes. Como ele dizia "It’s now or never... Tomorrow will be too late".
Em busca dos posts perdidos
Quando me ligaram para saber da minha disponibilidade para uma reunião em Londres, logo me lembrei do «Prazeres do Diabo» e da possibilidade de poder melhorar enfim a minha fraquíssima prestação no blogue, até aqui praticamente reduzida à leitura atenta e fisicamente curvada das postas do FVaz, o que historicamente me tem provocado fortes dores nos cotovelos. De todo o modo, considero que a minha fraca performance, que o amor-próprio e o pudor me obrigam a jurar que nada tem a ver com uma eventual falta de prazeres reportáveis, será mais por culpa do próprio anfitrião, que tem elevado a hebdomadária fasquia para podiuns pouco consentâneos com o olimpismo em que venho vivendo. Aliás, já por diversas vezes tive a tentação de fechar postas sobre o que julgava prazeres, se não do diabo pelo menos de um seu esforçado discípulo, mas logo as reduziria a tirinhas ante a leitura das façanhas do incorrigível nómada FVaz e mais as suas invejadas fotos e descrições sobre viagens, hotéis, praias, culinárias, etc., contra as quais pouco ou nenhum interesse teriam decerto as minhas próprias descrições, por exemplo, dos cardápios servidos pela Wagon Lit durante as recentes investidas que fiz a Lisboa no Alfa Pendular.
Daí que a minha resposta aquela chamada vinda de Londres não poderia deixar de ser um «Yes, of course!», até porque as viagens e o hotel seriam pagas. Então, embora sem qualquer ilusão de me aproximar do diabólico estatuto do anfitrião deste blogue, nem que tivesse mais cinco vidas, preparei-me para que o relato desta minha visita a Londres pudesse ser um up-the-bottom capaz de atenuar o meu déficit blogueiro. Afinal, ia passar a noite num hotel da cadeia Hilton, o que era um sonho vedado, por exemplo, à própria herdeira dos accionistas que por essa altura cumpria pena numa outra cadeia, decerto bem menos pleasant, em Los Angeles.
...
terça-feira, agosto 14, 2007
QUARTO DE HOTEL ( 22) La Sultana
A oferta hoteleira em Marrakech é hoje tão variada e com tanta qualidade, que o hotel de referência, o Mamounia, grande dama por onde passaram inúmeros chefes de Estado, encerrou para remodelação.
Há quem opte por ficar na Palmeraie, fora da cidade. Aqui, há dois hotéis de sonho. O Amanjena e o Ksar-Char-Bagh. Escolhi ficar na Medina, numa Riad, no meio da confusão, dos ruídos e dos aromas. A chegada foi "diferente". O taxista pára no meio duma rua cheia de gente, apesar do relógio indicar 1h30 da manhã e aponta para uma viela e diz:"É por ali". Que não, diz um transeunte. É naquela viela acolá. E por acolá fomos. Às escuras.
Tudo se iluminou mal transpusemos o portão. O ambiente do La Sultana é de um pequeno palácio árabe, com sucessivos pátios, fontes e recantos.
Monumento histórico, proporciona uma viagem no tempo, santuário onde a tradição e a opulência do "Moroccan Style" encontra o conforto ocidental.
Camas king size com lençóis em algodão do Egipto, lareira, movéis antigos, quadros e esculturas locais, tectos trabalhados, madeiras preciosas, couros, tadelakt dão ao quarto um ambiente exótico mas acolhedor. Os banhos em mármore, com banheira e duche, lembram os banhos romanos. A decoração tradicional não nos impede de disfrutar de leitor de DVD/ CD ( vimos o "Babel", ideal para mostrar à esposa em Marrocos) e internet banda larga grátis, no quarto. No mini-bar as bebidas não alcoólicas são grátis, tal como o cesto de frutos, tâmaras e frutos secos. Não cheguei a perceber quantas vezes arrumavam quarto. Porque sempre que saía e voltava a entrar, aquela toalha mal dobrada já lá estva, de novo, imaculada.
O Spa 'La Sultana', oferece soberbos hammams, jacuzzi e sauna, duches com infusões, massagens ao ar livre no terraço, na tradição árabe, descoberta de rituais ancestrais.
A piscina é pequena mas num enquadramento de uma beleza ímpar. Aquecida, ionizada, com contracorrente para quem queira nadar. Boa para refrescar ao fim da tarde e pôr as leituras em dia.
O pequeno almoço é tomado no terraço. Boa maneira de começar o dia, tomando o pequeno almoço escutando o chilrear dos pássaros entrecortado pelos pregões que chegam da rua ou as chamadas dos muezins, que chegam dos minaretes.
O buffet exposto não é abundante, mas se se pedir trazem-lhe tudo o que lá não está, dos ovos aos queijos ou enchidos. E os sumos são imperdíveis.
O buffet exposto não é abundante, mas se se pedir trazem-lhe tudo o que lá não está, dos ovos aos queijos ou enchidos. E os sumos são imperdíveis.
O jantar pode ser no terraço ou à volta da piscina. Numa envolvência romântica ímpar, mas com a gastronomia e o serviço aquém das expectativas.
A localização é excelente, paredes meias (literalmente) com os túmulos Saadianos, e a dois passos do Palácio Bahia, Palácio Real e da Jemal-el-Fna. A pé podemos percorrer toda a zona da Medina, a qualquer hora do dia (ou da noite).
La Sultana é pois um refúgio, para o corpo e a alma, um oásis no bulício da cidade rosa. Apenas necessitando melhorar o serviço, pois apesar da simpatia extrema de todos os funcionários, a rapidez e eficiência não saõ os seus pontos fortes.
domingo, agosto 12, 2007
Adolfo Rocha (1907-1995)
PANORAMA
Pátria vista da fraga onde nasci.
Que infinito silêncio circular!
De cada ponto cardeal assoma
A mesma expressão muda.
É de agora ou de sempre esta paisagem
Sem palavras, sem gritos,
Sem o eco sequer de uma palavra incontida?
Ah! Portugal calado
Ah! Povo amordaçado
Por não sei que mordaça consentida.
Miguel Torga
Pátria vista da fraga onde nasci.
Que infinito silêncio circular!
De cada ponto cardeal assoma
A mesma expressão muda.
É de agora ou de sempre esta paisagem
Sem palavras, sem gritos,
Sem o eco sequer de uma palavra incontida?
Ah! Portugal calado
Ah! Povo amordaçado
Por não sei que mordaça consentida.
Miguel Torga
sábado, agosto 11, 2007
sexta-feira, agosto 10, 2007
Es Moli del Sal
En Illetas, na ponta ocidental da ilha de Formentera, fica o Moli del Sal. Com uma localização privilegiada, vistas magníficas sobre o mar. Quem o frequenta são os "marinheiros" que ancoram os seus barcos ao largo. Voltei lá nesta visita, já que o Juan e Andreia , na prais do Pirata, não tinha mesa para 30. De autocarro, 56 pés e dois cascos. E dois dias depois com os 66 pés do Eduardo e do Joaquim.
Mas o que justifica a ida ao Es Moli del Sal é o Arroz. Negro, com ou sem Bogavante. Paella cega ou não. Divina. Arroz no ponto, delicioso, suculento, voluptuoso. De perdição, até a mais anorética das senhoras repete a dose.
Com Cava de Sangria ou o Chardonay a acompanhar. Desaconselha-se a sobremesa, que a carta lembra as esplanadas da Quarteira, com as fotos dos gelados. Mas o "sorvete de limon" é um bom final de refeição.Depois da refeição, barriguinha aconchegada e com o lavagante aos saltos, há que afogá-lo na praia da Tanga, onde a água nos retempera os poros dilatados pelo calor e as calorias.
Abriram-se as hostilidades com boquerones e chipirones fritos e mejilones ao natural. Os boquerones, estaladiços mas desfazendo-se entre a saliva, deleitaram graúdos e gaiatos.
Os mejilones evaporam-se por entre o Gramona, potente Chardonay de Penedès. E os chipirones, temperados pela acidez do limão, tentaram a Lili.
Enquanto isso, o Manuel estagiava na cozinha com Eduard Mollà, o chef que lhe prometeu uma visita ao Porto se fosse presenteado com um Porto de 40 anos. Proibe-se a visita à cozinha a pessoas impressionáveis ou da sociedade protectora dos lavagantes. Nem a Inquisição os trataria assim.
Os mejilones evaporam-se por entre o Gramona, potente Chardonay de Penedès. E os chipirones, temperados pela acidez do limão, tentaram a Lili.
Enquanto isso, o Manuel estagiava na cozinha com Eduard Mollà, o chef que lhe prometeu uma visita ao Porto se fosse presenteado com um Porto de 40 anos. Proibe-se a visita à cozinha a pessoas impressionáveis ou da sociedade protectora dos lavagantes. Nem a Inquisição os trataria assim.
Mas o que justifica a ida ao Es Moli del Sal é o Arroz. Negro, com ou sem Bogavante. Paella cega ou não. Divina. Arroz no ponto, delicioso, suculento, voluptuoso. De perdição, até a mais anorética das senhoras repete a dose.
Um Artista Português
Jesualdo Ferreira, treinador do FC Porto disse "Ganhar é como escovar os dentes. É um hábito". Para quem só começou a ganhar depois dos sessenta anos, o senhor deve ter um bom dentista.
quarta-feira, agosto 08, 2007
Verano Azul
Conhecia Formentera de incursões que lá fiz a bordo do "Brown Eye". Voltei lá este ano. A bordo dum ferry. Num grupo de 14 adultos e 15 niños. Sem a Bea e o Piraña, mas com a Marta e a Mimi, a Nonô e a Lili. O Kiko e o Diogo. Uma aventura. Valeram aos adultos o Mike e o Ralph, a Sofia e a Sara.
Conhecia a Formentera selvagem. Agora, fui conhecer a Formentera civilizada. Quase massificada. Mas sempre encantadora. A água verde esmeralda, quente e transparente, mar salgado, inesquecivel. Apesar duma alforreca perdida. O argentino das barraquinhas da praia. O volei de fim da tarde. A sueca à sombra. A varicela da Lili que deixou as fraldas na ilha. A Mimi nas argolas. O Murakami a servir de almofada. A descoberta do Philip Roth. Só isso dava para suportar o buffet nada gourmet, que me pôs a beringelas e mexilhão, iogurte e gelado de chocolate uma semana inteira. Compensado pelo arroz negro do Es Moli del Sal e o reencontro com o "Brown Eye". E o primeiro banho de alto mar da Margarida.
E o limoncelo ao pôr do sol lembrando D'Annunzio e Fiésole. E os amigos. Sempre.
E o limoncelo ao pôr do sol lembrando D'Annunzio e Fiésole. E os amigos. Sempre.
This is not America
A 4 de Março de 2001 um pequeno país do Sul da Europa entrou em depressão. Um inverno cinzento, um PM flácido, uma economia em queda. E uma ponte que ruiu. Que não podia ser.No Num país europeu. No dealbar do século XXI.
E pure... na América, no séc. XXI, essas coisas ainda acontecem. Depois dos diques de New Orleans, a ponte de Minneapolis. Já sei, vão dizer, Minneapolis e no...de Judas, isso é lá no estado que elegeu o Jesse Ventura governador. Pois é. Mas também é o Estado da Mayo Clinic. E o país de Stanford e do MIT. This is not America? Is this it?
E pure... na América, no séc. XXI, essas coisas ainda acontecem. Depois dos diques de New Orleans, a ponte de Minneapolis. Já sei, vão dizer, Minneapolis e no...de Judas, isso é lá no estado que elegeu o Jesse Ventura governador. Pois é. Mas também é o Estado da Mayo Clinic. E o país de Stanford e do MIT. This is not America? Is this it?
Come fly with me
Nos anos sessenta uma companhia aérea tinha por slogan " A TAP não anda, voa". Cá pela minha cidade lia-se " A TAP não anda boa". O mesmo disse após "acalorada ( no Calor da Noite?) discussão" o sr. Antero às autoridades que o foram buscar ao avião. O sr. Antero ("Esta do ‘Pato’, do Deco, vou-lhe dizer uma coisa, pá! Eu sabia que o presidente era um génio mas esta!, foda-se!" ) conhecido pela "chantagem fantástica,pá" do Pato armou-se em SuperDragão. O FCP processou a TAP ? Acho bem.
E a TAP? Vai processar individualmente os passageiros que depois de terem embarcado num avião o abandonaram? Que atraso resultou da retirada da bagagem dos passageiros? Que prejuízos teve a TAP? O que pensarão disto tudo a senhora grávida e a velhinha desfalecida que o dr. Nelson Puga assistiu?
Sorrisos numa noite de Verão
Este Verão tenho-me perdido num mar de reuniões. Navegado por entre números, projectos, contratos, cláusulas de rescisão. Mas finalmente lá assinei pelo clube do Conhé e do Capitão-Mor. Mais o Bambo e o Arnaldo.
E pude voltar ao blog
E pude voltar ao blog
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