
O Público lança hoje uma colecção de DVD com nove filmes de Marylin. Clássicos como "Quanto Mais quente Melhor" e o Pecado Mora ao Lado" de Billy Wilder, "Paragem de Autocarro"de Joshua Logan, " Os Homens Preferem as Louras" de Howard Hawks, "Rio Sem Regresso" de Otto Preminger e "Niagara" de Henry Hathaway. Imperdoável ficar de fora o melhor filme com Marilyn, "Os Inadptados" de John Huston, último filme de Clark Gable e Marilyn.
combina as tradições africanos com o chamanismo islâmico, em evoluções ritmicas fascinantes. Juntando a espiritualidade da música gnaoua às suas próprias memórias de infância, é um Shepp lírico e melancólico que nos irá surgir em palco na sala Suggia da Casa da Música a 5 de Outubro.

Os “Seagram Murals”, obra maior do pintor expressionista abstracto Rothko, o favorito do meu amigo Rui G., são a obra emblemática da Tate Modern. A obra está ligada à lenda e a um enigma. Nasceram de uma encomenda do restaurante “Four Seasons” no Seagram’s Building em Manhathan, arranha céus que é uma jóia arquitectónica de Mies van der Rohe. Na década de 60 o restaurante era símbolo de opulência e poder. Ainda nos dias de hoje CEO de grandes companhias americanas, embaixadores, Henry Kissinger têm lá mesa marcada para o almoço. As suas paredes parecem um museu com obras de Pollock, Picasso e Miró.
No final da década de 60 Rothko pintou nove quadros que deveriam decorar as paredes do restaurante. A inspiração foi buscá-la a Florença e a Michelangelo.
Os murais de Rothko na Tate Modern encantam na sua opressão e crueldade. Um crítico deles disse que parecem existir na parte de dentro das pálpebras. Representam as últimas luzes e cores registadas por um cérebro prestes a desligar.
Diz-se que Rothko concebeu os murais como arte violenta, vingança estética , para atormentar as refeições no restaurante que ele definiu como "a place where the richest bastards in New York will come to feed and show off". O seu projecto era criar uma anti-arquitectura que perturbasse a prdem racional de Mies van der Rohe, para aí transportando a antecâmara da morte da Biblioteca Laurenciana de Michelangelo.
Mas depois de uma refeição no restaurante declarou: "Anybody who will eat that kind of food for those kind of prices will never look at a painting of mine". Recusando a ideia dos seus murais como mero elemento decorativo, Rothko devolveu o dinheiro já recebido e doou-os à Tate Gallery. Suicidar-se-ia na manhã da chegada dos quadros a Londres.
E assim nasceu o mito.
Chostakovich, um dos compositores mais importantes da antiga União Soviética, encontrou inspiração na música moderna ocidental e começou a compor tomando por base as premissas atonais, com o que se converteu no expoente máximo da vanguarda soviética. Compôs então as óperas Nós (1928) e Lady Macbeth do Distrito de Mzensk (1934), assim como duas sinfonias corais. Chostakovich, acossado pelo Estado soviético np estalinismo, teve que retirar sua quarta sinfonia antes da estreia. A 5ª sinfonia, uma das mais celebradas.recupera experiências anteriores ao nível da composição. Durante a Segunda Guerra Mundial as suas obras possuem um marcado tom patriótico e Chostakovich, que havia novamente conseguido uma certa liberdade criativa, foi o primeiro compositor a receber o título de "Herói do Movimento dos Trabalhadores Socialistas" (1966). Além de suas 15 sinfonias, criou importantes obras de música de câmara, 15 quartetos para cordas, , peças para violino e jazz suites. Fez inúmeras bandas sonoras para filmes a começar pelp "Couraçado Potemkine" de Eisenstein, e as suas obras surgem nos mais variados filmes como o último Kubrick "Eyes Wide Shut".
Na FNAC, podemos encontrar um DVD com as Sinfonias 6 e 9 sob direcção de Leonard Bernstein. Na amazon recomendo um CD da EMI com as sinfonias completas.
Ele brilhou numa instituição do Porto, que é uma referência nacional e internacional. Em 2002 transferiu-se para Londres, não resistindo ao apelo das libras e da instituição que o chamava. Falamos de quem? Não, não é do que estavam a pensar, esse foi em 2004. Falo de Vicente Todoli, antigo director de Serralves, hoje à frente dos destinos da Tate Modern, inaugurada em 200, e que é já um dos símbolos da nova Londres.
PS: Não deixem de tomar um café ou mesmo almoçar no restaurante do museu, com vistas fabulosas da cidade, em frente a St. Paul Cathedral, com a City ali ao lado.

el que escolhi para a minha estada em Londres. Localização perfeita, entre a Carnaby e a Regent Street, a dois passos do luxo de Mayfair e da Bond St, ao lado do Soho e dos teatros da West End. Como o seu nome indica, o Courthouse é um antigo tribunal. Cheio de História. Aí prestaram depoimento nomes como Napoleão III e Oscar Wilde, aí foi julgado o caso Profumo, acusados de posse de cannabis Mick Jagger, Keith Richards, Johny Rotten ou Francis Bacon.
Reminiscências do tribunal permanecem, como as barras de aço que separam o lobby do bar, que tem três espaços mais intimos que são as antigas celas, numa decoração sexy, de cores fortes e apelativas.
A sala dos pequenos almoços e restaurante são antigas salas de audiências, e as suites os gabinetes dos juízes.
O meu quarto, individual, era pequeno mas funcional, madeiras casando bem com os metais. Tinha LCD, ligação de banda larga e internet na TV para quem não levava laptop. A cama com lençóis de algodão do Egipto e um colchão ultraconfortável, fazia com que acordasse sempre fresco após rápidas 4-5 horas de sono.
Casas de banho com mármore, vidro e aço numa conjugação de design e conforto.
O Spa do Hotel é pequeno, mas muito simpático, com a particularidad
e de ser necessária marcação para a piscina, pois só admitem 4 pessoas ao mesmo tempo, o que a torna excelente.
Excelente o apoio do concierge, com a particularidade de ter um simpático português de seu nome Tiago. Reservas para os teatros ou restaurantes, informações sobre qualquer horário ou detalhe é com eles.
Hotel único, com excelente localização, sem a grandeza de um Browns, Lanesborough ou Ritz, mas por metade do preço destes, o Kempinski é uma boa escolha para uma escapadela a Londres. Não se recomenda a advogados ou juizes porque não se sentirão em férias.
Courthouse Hotel Kempinski, 19-21 Great Marlborough Street
Quartos desde 220€, em APA.









A Virgin Megastore em Picadilly e a HMV do Trocadero Centre bem
merecem o epíteto de Megastorse e são o paraíso dos cinéfilos. Dos melómanos também, mas fui lá em busca de filmes. Lá pude encontrar relíquias como “O Couraçado Potemkine” de Eisenstein, “Ordet” de Dreyer, “Fim do Verão” de Ozu, todos os Bergman, Kurosawa, Godard, numa excelente secção de cinema de autor. Lá encontrei também o espantoso "Pai e Filho"de Alexander Sokurov de que vos falarei noutra altura. Para além de uma longa lista de filmes a £8, entre os quais muitos dos grandes filmes de 2005. A minha malinha veio "loaded" de DVD's londrinos.
Gordon Ramsay é o chef inglês mais consagrado. Estendeu o seu império a quatro restaurantes,todos cotados entre o top-ten da oferta gastronómica londrina. É um star chef, que brilha em dois programas de televisão. Conseguir mesa nos seus restaurantes não é tarefa fácil, sendo recomendável reservar mesa com mais de um mês de antecedência .Foi o que fizemos, tendo conseguido mesa para seis no seu restaurante no Hotel Claridges. Integravam o grupo os meus amigos e já habituais convivas destes repastos, Joaquim, António e Manuel, estes acompanhados por suas esposas. Não conseguimos a cobiçada ( e cara) “chefs kitchen table”, onde se trocam experiências com o chef Mark Sargeant, que dirige a cozinha.
Como prato principal optei pelas “Bochechas de porco estufadas em mel e cravinhos com os seus sucos, batatas de dauphinoise”, de fazer crescer água na bochecha só de as relembrar, pela perfeita conjugação da carne com os sucos, adoçura que o mel lhe conferia e as ervas que o temperavam.
O Joaquim gabou a “Perna de Perdiz cinzenta 'en vessie', batatas à padeiro , cenouras vidradas e cebolas, molho de Madeira”, que honrava as perdizes da Paula, sua esposa.
O Manuel revisitou o “Pombo de assado com verduras de outono, farci de alface, sopa leve de trufa”, de arrulhar por mais. O António rendeu-se à “Sela de cordeiro de Romney, com repolho de sabóia, feijão verde,gnocchi de azeitona e pão doce”, mal passada, sublime. 
Nas sobremesas brilharam o “Fondant de chocolate Valrhona e avelã com feullantine e sorvete de nata”, o “Pratinho de Trio de Ananás: ravioli, bavaroise e Tatin”, evocativo do Michael Mina, a" Gelatina de Limão e Maracujá, com Gelado de banana e Madalenas quentes de laranja" e o “Crème Brûlée com folha de lima e salada de amoras”. Por mim não resisti ao exotismo do “Variação de Morango com sorvete de Pérrier e Manjericão”. Saborear um sorvete com sabor a Pérrier é algo que nunca tinha imaginado. Casar Pérrier com manjericão está para lá do Paraíso.
Terminámos com café e mignardises. Jantar excelente, cozinha creativa que aposta na frescura e excelência dos ingedientes.Este Gordon é um verdadeiro tufão.
No regresso ao nosso hotel, experiência tão rara como o sorvete de Pérrier, foi depararmos no coração de Londres, entre a Regent e Carnaby St., com uma raposa. Não, não foi imaginação. O Manuel registou o encontro em fotos que publicarei logo que possa.
Gordon Ramsay at Claridge's
55 Brook Street, W1S 1EY
Tel 020 7499 0099
Entrada, Prata e Sobremesa £65, a que se deverá somar as bebidas e 12.5% de serviço.

