Há dias jantei no Tia Alice. Curiosamente, toda a vez que vou a Fátima, em Julho há-de ser, a casa de repasto está de portas cerradas. Agora, vindo da magnífica exposição do médico e filantropo Gustav Rau patente no Museu Nacional de Arte Antiga (encerrou dia 19), acabei por ir lá.
O restaurante é escorreito, simpático, despretensioso.
Garfo de ouro (Boa Cama e Boa Mesa, Expresso 2006), é demais (o serviço é uma simpatia, não pode ser nisso melhor, mas não é perfeito, como se exigia), embora ande lá perto. A amesendação é sóbria, toalha imaculada e baixela a condizer, com breve apontamento extravagante no simples e austero “couvert”. Garfo de Ouro sim, mas para a vitela - um primor na textura e na confecção. O bacalhau gratinado estava bom (noz moscada a mais, talvez, para um estágio superior), mas a companhia - grelos cozidos e regados com azeite - um deleite, no género, para o palato. Nos "postres", nota elevada quer para o já famoso gelado de nata com chocolate quente e amêndoa torrada (ultrapassa, em muito, a vulgaridade de um quente frio - mas era desnecessário o palito cuétara... até no melhor pano...), também para o bolo de noz com ovos moles (não eram excelsos mas cumpriam muito bem a função), e a salada de fruta tropical, não desmerecia o epíteto - honesta, portanto. Referência para as “vistas”:
......uma fotografia (não é a que aqui se mostra), soberba, de Jorge Molder (são sempre auto-retratos do próprio mas a desconstrução que faz ultrapassa em muito o auto-retrato, é pura ficção). Boa carta de vinhos.
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