terça-feira, setembro 19, 2006

The Path to abstraction: Kandinsky na Tate Modern

A exposição percorre a evolução de Kandinsky (1866-1944), de pintor a mestre modernista, que desenvolveu radicalmente a linguagem abstracta. O pintor russo descobriu tardiamente a sua vocação, em 1896, com uma exposição em Moscovo de Monet.


Centrada na metade inicial da sua carreira, a exposição mostra 50 óleos e 30 estudos, com obras vindas de todo o Mundo. Começa com uma série de paisagens de Murnau, na Baviera e de figuração de lendas russas, Mostra a evolução com o seu envolvimento no movimento Der Blaue Reiter em que Kandinsky começa a conceber a pintura como alternativa à reaçidade espiritual. Elimina o detalhe descritivo, reduzindo os elementos reconheciveis, como castelos e cavaleiros a linhas caligráficas ao mesmo tempo que introduz áreas de cores vibrantes para induzir emoções semelhantes às da música.


Reconhecido como o percursor da pintura abstracta, Kandinsky quis levar a sua creatividade mais longe. Tendo sinestesia, alteração neurológica que permite apreciar sons, cores e palavras com vários sentidos simultâneamente, Kandinsky ouvia as cores de Monet, via a música de Wagner e comia as palavras de Goethe ou Scopenhauer. E passou essas emoções para a tela. Depois de 1910 dividiu a sua obra em : Impressões, Improvisações and Composições, estas com a complexidade das sinfonias, desenvolvendo a abstracção como espelho das inovações musicais do seu amigo Schoenberg. A exposição termina com o regresso de Kandinsky à Alemanha, finda a guerra, e o seu envolvimento com o Bauhaus.



A exposição é espantosa, didáctica, e justifica por si só uma ida a Londres. Despachem-se porque encerra a 1 de Outubro.

Tate Modern
Bankside

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