quinta-feira, maio 24, 2007

Uma espécie de plágio

A blogosfera e a imprensa andam agitadas porque os Gato Fedorento plagiaram o senhor Claude François na espécie genérico do seu magazine. Ora acontece que o próprio senhor François plagiara uma nursery rime, "Three Blind Mice"



Como depois adaptaria o "Wild World" em "Fleur Sauvage". Há quem diga que foi por isso que nasceu o Yusuf Islam. Afinal os gatos limitaram-se a repetir o que Herman fizera com o Tony Silva, cópia fiel e assumida do "Blue Moon". Para além disso adaptar Claude François não é defeito. Vejam o que do seu "Comme d'Habitude" fez o Francis Albert.

A única coisa positiva que retira da polémica é ter descoberto este François. Artista do quilate de um Art Sullivan, um Adamo. Ou mesmo um Demis Roussos. Expoentes da canção francesa dos anos 70. E tão franceses como os jogadores da (nosso ódio de estimação) "Allez les Bleus". O Art é belga, o Adamo italiano, e o Demis egipcio. Bom, o Brel também era belga, o Reggiani e o Montand italianos, o Aznavour arménio e o Ferré monegasco.

3 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns! É o primeiro Blogg que vejo a aproximar-se dos 100% da verdade.
Resta acrescentar que o “Three blind mice” é de autor desconhecido (portanto não dá lugar a pagamento de direitos de autor), que o poema está ligado à história inglesa do século XVI (http://www.rhymes.org.uk/three_blind_mice.htm), e que faz parte do reportório das músicas tradicionais infantis que as criancinhas inglesas cantam! (http://www.bussongs.com/songs/3_blind_mice_short.php).

Anónimo disse...

Já foi há muito tempo que o vi, mas penso que o genérico do primeiro filme do James Bond (Dr. No) usa uma versão tropicalizada do "Three blind mice".

Esta canção também é referenciada na obra de Agatha Christie "A ratoeira", cujo título original é precisamente "Three blind mice".

fvaz disse...

Criancinhas inglesas ou portuguesas a estudar em colégios ingleses.