sexta-feira, junho 01, 2007

Caribe

A minha relação com as Caraíbas e o Caribe tem sido feita de desencontros. Sempre que por lá passo o Sol esconde-se por cima de negras nuvens. Foi assim nas Bahamas, foi assim nalguns dias da minha estada em Cuba. Em que foram mais as horas a praticar tiro ao arco ou shuffleboard que as passadas nas brancas areias da praia.
E os hotéis, apesar das estrelas, nada brilhantes. Fracos mesmo, se comparados com a cintilância das mesmas estrelas noutras paragens, de África ao Oriente, seja ele médio ou extremo. E não falo do Nani ou do Anderson, que esses já são do United. Em Nassau, outra desilusão, fiquei na Paradise Island, no Atlantis. Gigante enfadonho, apesar do casino e de um magnífico aquário, com uma prole de tubarões de fazer corar o nosso Oceanário, que foi cenário espectacular do jantar de aniversário do Pedro. Em Cuba, num Paradisus que se dizia seis estrelas tiveram a ousadia de me servir queijo flamengo a acompanhar o tomate numa apócrifa Insalata Caprese, assim lhe chamavam eles.
Estava com os pensamentos nesses desaires quando hoje me fiz à piscina em Cancun. O hotel, fraco. Hyatt de nome, mas sem nada a ver com os seus homólogos de Orlando ou Chicago. O tempo, chuvoso e encoberto. E as aves raras que literalmente se pavoneavam junto à piscina eram a pedra de um toque de vulgaridade.
Mas o mar, de um tom esmeralda imaculado, o Sol que a espaços nos afagou os melanócitos, uma Margherita irrepreensível e sobretudo uma "Tábua de Flandres" lida de um fôlego criaram em mim a dúvida. Será desta que me reconcilio com o Caribe?

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