Na Jemal el Fna não pude deixar de me lembrar do meu amigo João Paulo. Que aí bebeu o melhor sumo de laranja da sua vida. A laranja marroquina é, de facto, sensacional. E em Marrakesh, à falta de bons vinhos há que degustar os bons sumos. Dos vinhos provaram-se uns sem história Seroua, Semillast e Guerrouane Rosé. Dos sumos provaram-se os do Bagatelle, do Café de la Koutoubia, do La Sultana, do Al-Baraka e duma barraca da Jemal el Fna. Todos excepcionais. Mas não pude deixar de dar razão ao João Paulo. O melhor de todos foi o da barraquinha. Sublime. Distinto, néctar alaranjado, denso, espuma fugaz. No nariz aromas de grande maturação, notas florais e alguma complexidade. Na boca redondo, macio, adocicado, encorpado sem ser pesado, citrinos presentes mas muito delicados, fruto da qualidade das castas empregues no sumo. Final longo, com uma harmonia que impressiona.
E servido em copo longo, fresquíssimo, à temperatura ideal. Ideal para beber ao fim de tarde, ou a acompanhar uma pastilla ou um tagine.
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