Começou hoje o WRC Rally de Portugal. Um mini rally se nos lembrarmos do que era o Rally nos anos 70-80. 700 km de classificativas, 45 a 50 troços cronometrados. Com maratonas pela noite dentro. E classificativas como Arganil com 45km. Com o público a fazer um rally paralelo para ver o maior número possível de classificativas.
Na minha adolescência lembro-me de passar horas na Póvoa a assitir à assistência dos Alpine e dos Fiat Abarth, dos Lancia Stratos e dos Ford Escort RS, dos Audi Quattro e dos Lancia Delta Integrale. Em cima dos mecânicos e dos pilotos. Nomes míticos do passado como Jean Jean Pierre Nicolas, Bernard Darniche, Michele Mouton, Hannu Mikkola, Bjorn Waldeggard, Sandro Munari, Walter Rohrl, Ove Andersson, Ari Vatanen. E o maior de todos Marku Alen, que me fez passar uma noite em claro, à escuta da decisão do rally na serra de Sintra em 78. O derrotado de então, Hannu Mikkola vingar-se-ia em 1984 no mais disputado rally de sempre batendo Allen por escassos segundos. Vale a pena ver este video do youtube para se perceber como era tudo era tão diferente há vinte anos atrás.
No ínicio dos anos 80 comecei a ir em peregrinação até alguns dos troços. Fafe Lagoa e os saltos da Lameirinha, Ponte de Lima, Mões, Arganil e outros que não recordo o nome. Carro deixado na valeta e ala monte acima. Classificativa vista, e logo se arrancava para outra. Em 1986 com o acidente de Joaquim Santos o rally sofreu um rude golpe.
O final dos anos 80 seria marcado pelo domínio dos Lancia Delta Integrale, e o ínicio dos 90 pela invasão de nuestos hermanos, que vinham apoiar Carlos Sainz. Que venceu em 91 e 95. Ano da minha última visita ao Rally.
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